Era o dia de eu chegar e cheguei.
Não sei porquê mas fiz a viagem toda de comboio e, estranhamente, ao chegar à estação fiquei eu a viver o mesmo sonho em duas posições diferentes: o eu que chegava de comboio e o eu que estava já na estação junto com SP e ABC, nós os três à espera do eu que chegava de comboio.
A estação era escura e tinha apenas algumas luzes acesas no tecto alto, que piscavam intermitentemente, como se a instalação eléctrica estivesse quase a dar o berro. Um pouco como aquelas estações de metro onde a malta geralmente se esconde dos zombies naqueles filmes de terror de meia tigela.
O eu que chega tem um dilema: Onde deixar a bagagem enquanto cumprimenta SP e ABC antes de se encontrar com PC? SP sugere deixá-la num dos cacifos existentes para o efeito e o assunto fica arrumado por aí sem que o sonho revele, de facto, a acção de o fazer.
E lá vou eu para fora, esperar por PC. Chove. É de noite. Saio por uma das portas e vejo muita gente no átrio à espera de alguém. Os meus olhos procuram PC e é ele quem em encontra. Entramos juntos novamente para a estação que percorro seguindo-lhe os passos. Estranho o facto de ele apenas dizer um olá vago e de seguir em frente sem mais conversas.
Saímos para o exterior e ele aponta-me para um edifício que me informa ser a Igreja de uma santa qualquer cujo nome não me recordo e informa-me que é ali onde ficaremos instalados a primeira noite antes de seguirmos viagem para o destino final.
Quando vou a entrar já ele se encontra lá dentro e procuro por ele. Existem lençóis pendurados no tecto e que descem até ao chão para servirem como divisórias entre diferentes espaços. Passo por entre eles e chego à ala principal da igreja. Os bancos são os típicos encontrados nesses locais de culto, mas ao fundo existe, em vez de um altar, um plasma gigante ligado e não me recordo em que canal de televisão está ligado.
PC está deitado num dos bancos, como se fosse um sofá, e deixa-se ficar quando me vê. Está a ler uns documentos e a fazer notas noutros. Trocamos palavras numa conversa de circunstância. Fico sentado junto a uma das extremidades do banco onde ele se deita e faço-lhe cócegas nos pés calçados com meias azuis escuras. O resto do corpo está nú.
Eventualmente, começo a sentir o cansaço da viagem e adormeço apesar de parte de mim ficar mais ou menos consciente e dou conta de uma tesoura de metal que cai da banca onde estava e bate ruidosamente no chão. Desperto, olho para PC e sinto-o convidar-me com os olhos a aproximar.
Aproximo-me. Vou a deitar-me sobre ele. Beijo-lhe o sexo. A sua mão estende-se para mim num gesto que me pede para não fazer mais nada. Olho-o. A mão de novo no mesmo gesto e um sorriso no seu rosto. A sensação de não saber o que fazer é a última coisa de que me recordo.
Não sei porquê mas fiz a viagem toda de comboio e, estranhamente, ao chegar à estação fiquei eu a viver o mesmo sonho em duas posições diferentes: o eu que chegava de comboio e o eu que estava já na estação junto com SP e ABC, nós os três à espera do eu que chegava de comboio.
A estação era escura e tinha apenas algumas luzes acesas no tecto alto, que piscavam intermitentemente, como se a instalação eléctrica estivesse quase a dar o berro. Um pouco como aquelas estações de metro onde a malta geralmente se esconde dos zombies naqueles filmes de terror de meia tigela.
O eu que chega tem um dilema: Onde deixar a bagagem enquanto cumprimenta SP e ABC antes de se encontrar com PC? SP sugere deixá-la num dos cacifos existentes para o efeito e o assunto fica arrumado por aí sem que o sonho revele, de facto, a acção de o fazer.
E lá vou eu para fora, esperar por PC. Chove. É de noite. Saio por uma das portas e vejo muita gente no átrio à espera de alguém. Os meus olhos procuram PC e é ele quem em encontra. Entramos juntos novamente para a estação que percorro seguindo-lhe os passos. Estranho o facto de ele apenas dizer um olá vago e de seguir em frente sem mais conversas.
Saímos para o exterior e ele aponta-me para um edifício que me informa ser a Igreja de uma santa qualquer cujo nome não me recordo e informa-me que é ali onde ficaremos instalados a primeira noite antes de seguirmos viagem para o destino final.
Quando vou a entrar já ele se encontra lá dentro e procuro por ele. Existem lençóis pendurados no tecto e que descem até ao chão para servirem como divisórias entre diferentes espaços. Passo por entre eles e chego à ala principal da igreja. Os bancos são os típicos encontrados nesses locais de culto, mas ao fundo existe, em vez de um altar, um plasma gigante ligado e não me recordo em que canal de televisão está ligado.
PC está deitado num dos bancos, como se fosse um sofá, e deixa-se ficar quando me vê. Está a ler uns documentos e a fazer notas noutros. Trocamos palavras numa conversa de circunstância. Fico sentado junto a uma das extremidades do banco onde ele se deita e faço-lhe cócegas nos pés calçados com meias azuis escuras. O resto do corpo está nú.
Eventualmente, começo a sentir o cansaço da viagem e adormeço apesar de parte de mim ficar mais ou menos consciente e dou conta de uma tesoura de metal que cai da banca onde estava e bate ruidosamente no chão. Desperto, olho para PC e sinto-o convidar-me com os olhos a aproximar.
Aproximo-me. Vou a deitar-me sobre ele. Beijo-lhe o sexo. A sua mão estende-se para mim num gesto que me pede para não fazer mais nada. Olho-o. A mão de novo no mesmo gesto e um sorriso no seu rosto. A sensação de não saber o que fazer é a última coisa de que me recordo.