OOP EXPERIENCES

20090531

no|tes estranhas

Era o dia de eu chegar e cheguei.

Não sei porquê mas fiz a viagem toda de comboio e, estranhamente, ao chegar à estação fiquei eu a viver o mesmo sonho em duas posições diferentes: o eu que chegava de comboio e o eu que estava já na estação junto com SP e ABC, nós os três à espera do eu que chegava de comboio.

A estação era escura e tinha apenas algumas luzes acesas no tecto alto, que piscavam intermitentemente, como se a instalação eléctrica estivesse quase a dar o berro. Um pouco como aquelas estações de metro onde a malta geralmente se esconde dos zombies naqueles filmes de terror de meia tigela.

O eu que chega tem um dilema: Onde deixar a bagagem enquanto cumprimenta SP e ABC antes de se encontrar com PC? SP sugere deixá-la num dos cacifos existentes para o efeito e o assunto fica arrumado por aí sem que o sonho revele, de facto, a acção de o fazer.

E lá vou eu para fora, esperar por PC. Chove. É de noite. Saio por uma das portas e vejo muita gente no átrio à espera de alguém. Os meus olhos procuram PC e é ele quem em encontra. Entramos juntos novamente para a estação que percorro seguindo-lhe os passos. Estranho o facto de ele apenas dizer um olá vago e de seguir em frente sem mais conversas.

Saímos para o exterior e ele aponta-me para um edifício que me informa ser a Igreja de uma santa qualquer cujo nome não me recordo e informa-me que é ali onde ficaremos instalados a primeira noite antes de seguirmos viagem para o destino final.

Quando vou a entrar já ele se encontra lá dentro e procuro por ele. Existem lençóis pendurados no tecto e que descem até ao chão para servirem como divisórias entre diferentes espaços. Passo por entre eles e chego à ala principal da igreja. Os bancos são os típicos encontrados nesses locais de culto, mas ao fundo existe, em vez de um altar, um plasma gigante ligado e não me recordo em que canal de televisão está ligado.

PC está deitado num dos bancos, como se fosse um sofá, e deixa-se ficar quando me vê. Está a ler uns documentos e a fazer notas noutros. Trocamos palavras numa conversa de circunstância. Fico sentado junto a uma das extremidades do banco onde ele se deita e faço-lhe cócegas nos pés calçados com meias azuis escuras. O resto do corpo está nú.

Eventualmente, começo a sentir o cansaço da viagem e adormeço apesar de parte de mim ficar mais ou menos consciente e dou conta de uma tesoura de metal que cai da banca onde estava e bate ruidosamente no chão. Desperto, olho para PC e sinto-o convidar-me com os olhos a aproximar.

Aproximo-me. Vou a deitar-me sobre ele. Beijo-lhe o sexo. A sua mão estende-se para mim num gesto que me pede para não fazer mais nada. Olho-o. A mão de novo no mesmo gesto e um sorriso no seu rosto. A sensação de não saber o que fazer é a última coisa de que me recordo.

20090530

sonhe|

Sonhei que R tinha morrido.
Que vinha na estrada, a conduzir, e que um condutor arruaceiro havia ultrapassado e se metera em sua frente. R, após sair do carro, entra numa discussão com o outro condutor e é apunhalado, morrendo.
Os detalhes de como tudo aconteceu, foram contados pelo próprio R, após ter morrido. Era de noite e estávamos em casa da minha avó paterna. Uma noite escura.
Ao mesmo tempo que olhava para R e o ouvia falar de como morrera, sentia uma profunda tristeza por o ter perdido. Não me conformava.
Eventualmente, o sonho deixa de ser acerca de R e passa a ser apenas acerca da minha confusão em relação ao espaço onde estava e de como sair de lá. A casa da minha avó paterna tem duas frentes em duas ruas diferentes. Tentei primeiro sair dali para fora pela frente da rua secundária e, ao abrir o portão, deparo-me com uns quantos cães enormes, a rosnar para mim. Fecho de imediato o portão e vou a correr para o da outra frente. Chegando lá, acontece o mesmo: cães enormes mesmo à saída. Apesar de acorrentados, eram ferozes e rosnavam que metia cá um medo. Volto a fechar o portão e, sem saber o que fazer, dou por mim de volta a viver o sonho da morte de R.
Arrepiante. A mente tem coisas que me deixam fascinado, por uma lado, e assustado, por outro.

|agarto

Metido comigo mesmo, estava na boinha a visitar o Dubai via Google Earth. Já o meu espírito se deliciava nas praias, jantava nos restaurantes, vislumbrava a maravilhosa paisagem urbana quando, de repente, um barulho estranho de passos de "borracha" me chama à realidade.
_REALITY CALLING PIRIBOY.
OVER
...
...
_REALITY CALLING PIRIBOY. DO YOU READ ME?
OVER
Olho para a fonte do barulho e vejo-o. Enorme. Imenso. Aterrador. Grande lagarto que eu tinha dentro do quarto. Enormíssimo. Escuro. Daquele tom que se assemelha a um castanho que entretanto ficou verde... um verde que foi depois escurecendo até ficar cinzento escuro. Os olhos dele fixos em mim, o sorriso canalha a esboçar-se na sua cara pontiaguda.

_É desta que te fodo! (pensou, por certo, o cabrão)

Deu um passo em frente e eu levanto-me num ápice, o laptop caindo e os berros: Mamã!!!!

_Que foi? (respondeu ela, do andar de baixo)
_Tenho um lagarto aqui no quarto. (disse eu, tremendo as beirinhas, a voz ligeiramente rouca e as lágrimas prontinhas a escorrer pelos olhos abaixo)

Felizmente, tinham chegado a minha mãe mais a minha cunhada há uns minutos, pelo que não estava sozinho em casa.

A minha cunhada foi quem ficou apontada como assassina oficial do dia. Subiu ao quarto, armada com a vassoura e, assim que o vê, a primeira coisa que faz é dizer:

_Tão grande!!!

É para verem. Não vos minto ao dizer que aquele filho da puta tinha pelo menos um metro de comprimento (com cauda). Atrever-me-ia a dizer que era ainda maior que isso mas, como ainda estou em estado de choque, não quero correr o risco do exagero. 1 metro e 20 com cauda.

Eu, sempre sem sair da cama, em pé, sem nunca, por momento algum, desviar o olhar do sacana do lagarto. E a minha cunhada, às voltas com a vassoura a dar-lhe. Naturalmente, ele esquiva-se por entre caixas, sapatos e o raio e perdemos-lhe o rasto por alguns momentos.

_Se não o encontramos, mudo-me de casa. Dormir aqui é que nem pensar! (pensava eu, já vendo a minha vida toda andar para trás)

Afastam-se móveis (eu sempre quieto em cima da cama), sacodem-se sapatos, desdobram-se roupas... Uma confusão. E, às tantas, ele comete o erro de voltar a dar a cara. Ainda tenta fugir mas a expertise da minha cunhada na chacina lagartal não permitiu a fuga. Encurralou-o e tunga. Grande vassourada!

E dava-lhe. Sempre. O estrondo da vassoura a bater contra aquele monstro e a ressoar através das tábuas de madeira do chão. Eu só imaginava as tripas e entranhas daquele monstro a serem espalmadas contra o chão e arrepiava-me todo. Yuk... que nojo. Que arrepio. Que mê-do!!!

E assim foram os últimos momentos antes de eu ir tomar banho para ir trabalhar. Digo-vos: um metro e oitenta, sem contar com a cauda.

Eles andem aí, é o que vos digo.

|||terac|a

Humph...
Porque eu não consigo ler as letras... Porque se torna difícil com esse fundo... Porque assim... Porque assado... Diz que não dá muito jeito... Porque o fundo... E afirmo e tal...

É verdade que com essa imagem de fundo, o texto a negro ficava mais difícil de ler. Reparei nisso desde o início. Mas deixei-o ficar porque acabava por se fundir com a imagem de fundo e o efeito final era bastante do meu agrado.

Uma vez que os seguidores desse espaço onde se atiram pedras a tudo e todos começaram a opinar negativamente sobre a questão prática da leitura, alterei a cor da letra do texto na esperança de tornar mais cómoda a vossa visita.

Está melhor assim? Estão felizes? Vão querer também o rabinho lavado em águas de malva? Chá? Café? Mais pão?

20090528

project new |ook

Para aqueles que estão a sentir ferver na ponta dos dedos a vontade de comentar dizendo que eu mudo de visual no blog como quem muda de cuecas, eu tenho algo para vos dizer:

_Os vossos hábitos de higiene pessoal não são da minha conta!
(You know who you are...)

Mas sim... de facto o visual do meu blog andou um tanto inconstante, recentemente. Estava eu a tentar personalizar esse nosso espaço (claro! também é vosso) tentando encontrar um look final que me agradasse e com o qual eu me identificasse. Finalmente aconteceu.

Lamento pelo incómodo visual e agradeço a fidelidade de quem continuou a ler-me apesar de nem sempre saber o que iria encontrar ao abrir o blog, e daqueles que prontamente comentaram - enquanto o novo layout estava ainda em teste - que as letras estavam grandes demais, que não eram elegantes e que isso e que aquilo (you know who you are... and I bet you're doing the king of the monkey's face right at this moment).

Enjoy!

fortn|ght

Inevitavelmente, acabei por me lembrar. Mas não no dia em que pensei eu que o fosse fazer. No dia 25 deste mês cumpriram-se dois anos de regresso à ilha. Não foram celebrados e, a bem da verdade, dia passou sem que eu sequer pensasse no assunto por um mísero minuto.

Há uma semana atrás estava eu a fumar um cigarro à janela e dei por mim a pensar que, no dia 25, deixaria aqui um registo sobre a data, sobre o percurso, sobre o ponto da situação. No entanto, o dia passou por mim inkognito. E o facto de o ter feito, a meu ver, significa uma miríade de coisas. Reconheço-as, vivo-as e sinto-as. De todas elas, talvez a mais verdadeira seja o facto de, por ter passado o dia sem que eu o registasse sequer no meu pensamento, o meu percurso aparentar ter sido feito de progressos que não se deixaram ficar pela recordação rancorosa do dia de regresso. Foi-se em frente (mas sim, parou-se muitas vezes para descansar e, sorrateiramente, olhou-se para trás).

Hoje, no entanto, e tal como aconteceu no passado dia 25, os meus olhos viciam-se a olhar em frente. De hoje a quinze dias estarei a cumprir, uma vez mais, uma decisão de virar a minha vida para lhe mostrar que tenho eu tanta mão nela quanto ela tem a mão em mim.

A contagem decrescente começa agora. Já foram 730 dias. Faltam 15.

20090527

fuerza|bruta

Para marcar o novo look do meu blog (é uma questão de hábito), partilho convosco uma pequena amostra daquilo que me parece ser um grande espectáculo.

Enjoy!

20090525

|perfeito|

O meu amor deixou-me isso a ecoar pelas divisões da nossa e-home. A alma encheu-se de vontade de me encontrar com ele por aí, em qualquer rua, a qualquer hora... e tê-lo... à distância de uma mão apenas.

ta|r|de

Créeeedo!
Já é meia noite e vinte. Tão tarde.
Tenho que ir já prá cama.








Fui.

20090524

ó depois eu devo|vo


A quem faltar uma em casa, eu tenho para vender, em segunda mão.
Preço amigo.

20090523

he|p


presque|

Aqui dentro... algumas notas para tabaco e copos, e o mundo recheado de sonhos.


c|igarre|ra


Sim. Estou todo tolo com a minha cigarreira nova e com os meus cigarros handmade cada vez mais perfeitinhos.

Deixem-me!!!

20090522

susp|c|ous

O que vem a seguir, foi recebido à laia de comentário a um dos meus posts. As autoridades já estão a par e creio já estarem em posse do IP ADDRESS do remetente dessa mensagem:

Olha la PC, porque raio, nunca colocaste um post, sobre AC, SP, ABC, SS ???? Afinal quem te atura a maior parte do tempo somos!!!
Ai ai ai!!!
PC = GD anda a portar-se mal....very IMP.
Ta dito.
AC

Fica aqui um achega a AC: I KNOW WHO YOU ARE AND I KNOW WHERE YOU LIVE!!! I would be soooo afraid if I were you.

Vou fazer um post sobre JC. Que tal?

20090520

do|not|forget...

... de cortar as etiquetas em todos os boxers para evitar que aconteça o que está a acontecer agora: é uma comichãozinha que JIZAZ CHRAIST, CRÉEEEEDE!!! QUE É ISSO SENHOR?
Um desconforto.
Não tarda nada vou lá atrás e tiro os boxers. Tiro-os. Garanto. Isso de estar aqui sentado com a etiqueta a roçar nas costas (zona lombar baixa) é que não tá com nadex (reparem como, foneticamente, com nadex soa a palavrão seguido do som dex).
O que é estranho, though (hã?!) é que eu costumo fazer isso a todos os boxers quando os compro. Como é que esses sacaninhas escaparam?
De qualquer forma, como diz o outro, há males que vêm por bem. Se não fosse a comichão, eu teria já adormecido. A loja até está bastante movimentada, mas tou com uma lazeira que é um caso muito sério. CRUZES!!! Parece quebranto.

enro|a

Tem ficado esquecida uma situação que se passou aqui há uns dias quando eu estava com Mr. B a tomar uma cervejinha na esplanada da Cascata no PA.
Estava um dia bonito, o sol brilhava, a cervejinha estava fresca e aguardávamos por C.
Às tantas, saco do meu kit de tabaco de enrolar e começo a fazer um cigarrinho. Nisso, chega uma moça que se senta à mesa ao lado, encontrando-se com a sua amiga que já a esperava.
E eu, enrolando o meu cigarro. Sã da minha vida. Little did I know about the disparate que iria acontecer de seguida.
Chega-se a moça e, olhando para mim, pergunta:
_Desculpe... tem tabaco sem ser de enrolar?
*Quer-se dizer... é preciso ter lata! Apeteceu-me responder: "Sim tenho. Trago sempre um maço de Açoriano Box para poder sustentar os cravas. E, para mim, que sou pelintra, fumo do de enrolar, que é mais barato e dá mais trabalho."*
_Não. - respondi eu, já a sentir ferver o veneno.
_Obrigada. - diz ela, sorrindo simpaticamente.
E, dali a pouquinho, vejo-a pegar num cigarro do maço da amiga com quem estava, acende-o e fuma-o.
Mas ó minha grandessíssima filha de uma ainda maior (preencher aqui com a espécie animal que mais identifica a sua mãe)!!! Mas que lata a tua, com tabaco aí da tua amiga a quem cravar, ainda me vires perguntar se eu tenho tabaco que não seja de enrolar!!!
Eu sei o que é que te enrolava, ó puta de um caralho. Vai mas é cravar fodas aos bois no teu quintal e vê se tomas tino.
Pergunto-me: o que é que, para algumas pessoas, funciona como elemento extremamente impeditivo de usarem algum bom senso e de funcionarem como seres humanos com uns pinguinhos de inteligência e consciência do seu lugar perante os outros?
_Há tesão? - pergunto eu.
_Não. Não há. - respondo, logo de seguida.

20090519

b&r |ounge

Um obrigado à dupla B&R pelo jantar simpático e muito bem passado em sua casa, ontem. Demorei um pouco a chegar e acabei por receber uma sms a acusarem-me de estar a armar-me em diva. A boca do povo é um orifício muito devasso e leviano. C: demorei porque parei no supermercado para comprar vinho. Mas estava muita gente a fazer compras e pouca gente no caixa. Foi por isso que demorei! O facto de ter sido o último a chegar e, por tal, as atenções terem caído em cima da minha magnífica presença por alguns minutos deveu-se a circunstâncias alheias à dimensão do meu ego. Que fique bem claro. (Porém... eu estava ou não estava todo lá?)

Pão e queijo para entradas (mas não me servi... estava com pouco apetite). O prato principal foi Bacalhau à Segunda-feira de Santo Cristo: delicioso. Preparado, creio eu, por RT, soube pela vida e, desde já, passo a recomendar.

A sobremesa foi patrocinada por RU e estava um pecado. BR ainda se aventurou a servir-se uma segunda vez mas confessou, posteriormente, que se viu à rasquinha para enfiar tudo pela goela abaixo: estava potente.

O mundo é, deveras, uma concha muito pequena. Entre cigarros e conversas eu e RU descobrimos que temos alguns amigos em comum e que já ouvíramos falar um do outro sem sabermos, no entanto, quem éramos ou por onde andávamos. Aproveito para deixar uma nota a informar que ainda estou à espera da organização da nova visita à GdoC, desta vez sem luzes, apenas lanternas. (E, numa outra altura, poderemos até organizar uma outra visita à GdoC, mas todos nús. Não sei, é só uma ideia.)

C&B foram os primeiros a ir embora. Ficamos eu, a dupla B&R e RU. Não faço ideia como mas, a um certo ponto os nossos diálogos tornaram-se cada vez mais cómicos, com filmes à mistura e disparates que nunca mais acabavam. Foi um twilight zone super divertido, muito bem disposto e adorei.

Contudo, pelas onze da noite (super cedo) comecei a sentir-me com uma moca de todos os tamanhos... Foi estranho... como se tivesse fumado uma ganza... Muito estranho. Antes que me desse o "paracismo" completo, meti-me a caminho de casa enquanto estava desperto o suficiente para conduzir sem me tornar numa ameaça aos demais condutores. Deve ter sido o vinho que me deixou assim, bem relaxado até ao point of no return. ===Mais informações serão dadas apenas na presença do meu advogado.===

Fiquei com pena, porque íamos jogar buzz. E o serão estava mesmo a saber tão bem. Aos anfitriões, e ao outro convidado, mil perdões por me ter vindo embora assim tão cedo. Se voltarem a organizar mais um jantar, convidem-me novamente. Fiquei fã do vosso restaurante/lounge bar.

Já agora: Quem ganhou no buzz?

20090517

|ord ho|y christ of the mirac|es

Estará mais triste, este ano? Mais do que no ano passado? E ainda mais do que no ano anterior? E bué para além de mais do que nos outros?
Num serãozinho em casa de M, aqui há uns dias, comentávamos o facto de, em todos os anos, a malta anciã comentar, ao ver passar o Senhor, que o seu rosto demostra uma tristeza maior. Creio que tal se deverá ao peso das crises financeiras que foram, pé ante pé, invadindo as nossas vidas, em conjunto com o aumento da criminalidade e também, sem sombra de dúvida, da progressiva queda na qualidade dos gelados "de leite" vendidos porta a porta ao som da Xuxa: i-lá-i-lá-i-ê... ó ó ó, i-lá-i-lá-i-ê... ó ó ó!
E é vê-lo, espampanante, todo lá, na sua carrinha branca que percorre, irritantemente, as ruas das terrinhas, com as suas plumas esvoaçantes, a sua anca a dar-lhe e aqueles olhos radiantes a iluminar o corpinho semi-nú, apenas coberto pela "fraldinha" que levou à cruz (como se fosse roupa de domingo).
Creio que C concordará comigo quando eu disser que não. Não está mais triste este ano. Au contraire, mes amis! Este ano está mais boiola que nunca.
Uma coisa, no entanto, é certa: os gelados "de leite" de antigamente foram e não voltam mais. Hoje em dia são mais água que leite. E isso, acredito, há-de pesar nas costas de qualquer Senhor.

20090516

| esc

Sou fã da canção levada este ano por Portugal ao ESC.


Flor de Lis_Todas as Ruas do Amor

20090515

i||

Indisposto.

Desconfortável.

Irrequieto.

Aluado.

Sem pachorrinha.

Hoje passei o dia assim. Não fosse a festinha surpresa de B em casa de SJ, não teria metido os pés fora de casa. Demorei pouquinho. Cheguei a casa e meti-me logo na caminha.

Sinto como se ainda habitasse em mim o jantar de ontem. Já bebi dois chás mas nada ajuda. Que porra.

Agora também estou chateado.

Hoje é sexta-feira do Sr. Santo Cristo. Weeee-u: barraquinhas, caipirinhas, chouriços assados, batata com pimenta, favinha guisada, cervejolas, rifas e algodão doce. E ainda a feira Lar Campo e Mar. Tal pena a crise e o cinto apertado.

'tou tão indisposto...

mi||ions

Se eu ganhasse o euromilhões:

- Mandava o carro pró mecânico para tratar de uns pontos de ferrugem e também de um risco que tem uma das portas. Aproveitava e mudava os filtros do carro.

- Comprava um novo remoto controlo para a tv do quarto - uma das teclas deixou de funcionar.

- Ampliava o meu quarto para fazer uma casa de banho privativa (e conseguir, assim, mais privacidade).

- Comprava uma maquininha de enrolar tabaco porque eu não levo jeito nenhum para os enrolar e o tabaco normal está cada vez mais caro.

- Comprava uma bateria nova para o meu PC Portátil, pois já está viciada a que tenho.

- O mesmo de acima mas pró meu telemóvel.

Tanta coisa que eu faria se ganhasse o euromilhões...

ga|inha árabe


Ainda me sinto cheio com o jantar de ontem em casa de M.

O pão... o queijo... o vinho... a gula...
Depois vieram as já famosas amêijoas de ChefR: que viciantes. Vamos sempre a pegar na última e ela parece que nunca chega. E é só mais um bocadinho de pão encharcadinho no molho e não como mais... Tal e qual!!!

Depois veio a Galinha Árabe. Desfiada em arroz com amêndoas e sultanas, levada ao forno com uma camada de cebola por cima. Ui.

Ainda me sinto cheio.
Vou fazer um chá. Daqui a pouco é para casa de SJ - depois conto-vos como foi.

20090510

|u

Já há alguns dias que L me anda a "assediar" por sms, perguntando por onde ando, dizendo que sente saudades minhas, insinuando que me quer convidar a jantar.

E eu, na boa, respondendo, mas sempre com a sensação de que, não tarda nada, terei que recorrer à última instância: dar parte de L na polícia... por assédio.

No entanto, eis que hoje surge o momento da verdade. Mensagem recebida com um convite explícito para jantar em sua casa. E sim, aceito.

Passo o resto da tarde preguiçosamente a ver tv, filmes com computador, fazer nenhum aqui, depois ali... ódepois descansar. Enfim. E preparo-me para sair e ir, então, a casa de L matar as suas saudades de mim.

Chego. Ao mesmo tempo que C e B. C entra primeiro. Depois B. Depois eu. Na cozinha há algo ao lume e é-me dito por C (confirmado oralmente por L) que aquele jantar deve-se apenas ao facto de a minha falta ser sentida por L.

E abraço aqui, elogio ali, sorriso mais além e tudo e tudo... Pão e queijo para entrada. Yum... enfardo-me. E graças a Deus que o fiz.

Acontece que o jantar seria ARROZ DE MARISCO. Ora, eu, esquisitinho como tendo a ser, nunca fui muito à bola com arroz de marisco. Mas estava-se bem. A companhia compensava, de longe.

É-me servido o arroz e, ao topar que não haveriam mariscos de casca dura e que os camarões existentes eram enormes, fiquei a achar que afinal de contas, o arrozito de marisco haveria de cair que nem ginjas.

No entanto, e como a alegria de pobre tende a ser curta, assim que meto a primeira garfada à boca eis que me sabe a... a... a...

COENTROS!!!!!

Caralhos ma fodam pá! Coentros. Eu odeio coentros. Por muito simpático que goste de ser, por muito gentil e cavalheiro, há um frete que eu não faço por ninguém: comer coentros. Não gosto. o cheiro dá-me dor de cabeça, e o gosto deixa-me com uma sensação de nojo na garganta.

Comi muito pouquinho mas, L: esse pouquinho que comi foi já um sacrifício que não fazes ideia. Só mesmo em consideração à tua simpatia, e à tua hospitalidade é que esse pouquinho me desceu sem voltar cá acima.

E bebemos vinho branco. E rimos. E dissemos disparates.

E chega a sobremesa. He he... Tudo contra. Gelado de morango. Ha ha ha ha ha. Acontece que eu acho que os morangos são dos frutinhos mais desinteressantes à face desse planeta e arredores. Foda-se... estava tudo contra.

Mas comi o gelado. E ainda tive direito ao último pedaço. Foi, no entanto, caricato.

L: Gracias muchas pelo jantar e, acima de tudo, pelo convite, pela intenção que valeu por centenas de jantares a meu gosto.

Teria ficado mais tempo, não fosse o facto de ter de me levantar cedo amanhã para ir trabalhar.

20090509

x_ce||ent

Mais um jantar divinal em casa de C.
As fotos são de um outro jantar, há uns dias atrás. C&B estão, talvez sem se aperceberem, a correr um grave risco de nos habituar a mim, a M e a R, a uma qualidade que será cobrada de futuro, em todas as situações.

C&B: Vocês não sabem onde e estão a meter.

O jantar de ontem teve frango assado com batata doce, batata não-doce, pimentos e pimenta, cebola e beterraba. Vinho, água, boa companhia e uma lua cheia linda lá no alto do firmamento. Comi muito bem... e, coisa rara, continuei a comer mesmo após saciar a fome. As batatas estavam de comer e de chorar por mais.
B - ao que vai correndo na boca miudinha - é um bom cozinheiro. C - já está mais que provado - é uma boa anfitriã sempre atenta às necessidades dos convidados. Eu... bem... eu sou dos melhores convidados que qualquer pessoa pode ter em sua casa, modéstia à parte. Vou começar a cobrar as minhas presenças.

Para acabar o serão, jogamos trivial. Quem ganhou quem ganhou?
Eu.
Weeeeeee-ú!

f|eur

Colhida para mim
De um qualquer jardim
Foi-me oferecida uma flor.

20090508

baby |ove

Foi partilhado comigo. E partilho-o convosco.
Enjoy!


Baby Love
Uploaded by LuisB -

E lembrem-se... Como diria Sue Johanson: Safer Sex or No Sex!!!

20090507

fat|ma

Estava por aqui a pensar... Ali mais à frente do Shopping Parque Atlântico estão a construir a Igreja de Nossa Sra. de Fátima. Pelo que ouvi nas notícias há uns tempinhos, o projecto chega aos 3M de euros (três... milhões...).

Por acaso sempre me perguntei o porquê de nunca se fazer um templo de devoção a Nª Sª de Fátima em Ponta Delgada onde o seu culto é tão... como dizer... tão como outro qualquer?? Faz sentido despender de três milhões de euros para construir em Ponta Delgada uma igreja a Nª Sª de Fátima?

Penso, perguntando aos meus botões: Quantas casas para quantas famílias não poderiam ser construídas com essa quantia? Quantos incentivos à educação não poderiam, de futuro, colher frutos deveras nutritivos? Quantos postos de trabalho poderiam ser criados, a longo prazo, no uso desse dinheiro como investimento em pequenas empresas?

Mas não. Achou-se por bem, em tempo de crise, gastar três milhões de euros num templo para fazer devoção a uma Santa cujo culto nem nasceu cá (que eu me recorde). Em tempos de crise, achou-se que era melhor levar o povo à missa.

Pois bem... quando a malta começar a não ter dinheiro para pagar as dívidas, a ver se Deus, Sua Mãe e os Santos virão re-negociar os créditos ou mesmo chegar-se à frente com algum.

suck|sess


Iluminado, at last!

bu|bs

Há já bastante tempo que me fundiu a lâmpada do candeeiro da mesinha de cabeceira. E vai hoje, vai amanhã para comprar uma lâmpada nova... o que é certo é que nunca foi. Apenas hoje me lembrei de dar na pele ao dinheirinho que tinha no cartão Modelo (pam pi param) e cheguei a casa todo tolo com a lâmpada da figura acima.

No more Mr. Darkness in the Middle of the Night!!! Ou assim pensei. Quando retirei a placa de vidro por detrás da qual se esconde a lâmpada do candeeiro é que e apercebi que, afinal de contas, o que eu precisava era de uma lâmpada como a da figura abaixo.

Mais diferentes entre si, duvido que pudessem ser. E, bem vistas as coisas, eu ainda não sei explicar o porquê de eu ter achado que a Lâmpada Fig.1 poderia algum dia caber dentro da cabeça do candeeiro em questão.

Ao que parece, vai ser mais uma noite negra. Felizmente, não cheguei a tirar a lâmpada nova do seu invólucro e também (coisa rara) guardei o talão de compra.

Amanhã irei de novo ao Modelo (pam pi param pam pê).

Eu escrevi a palavra lâmpada oito vezes nesse post.

20090505

análises | os factos

Sim, fui fazer análises.

De manhã, quando o alarme tocou, ainda pensei em deixar isso para amanhã e aproveitar a manhã inteira do meu último dia de férias. Mas, uma vez que as teria de fazer eventualmente, sooner rather than later foi o meu lema.

Ao chegar e aperceber-me que tinha 6 pessoas à minha frente, fico com tempo mais que suficiente para fazer um grande filme na minha cabeça (ler o post anterior a esse para saber a que me refiro). Comecei a ter sintomas de quem vai desmaiar mesmo antes de ser picado mas aguentei-me firme e hirto. Não conhecia ninguém ali por isso não achei que fosse boa ideia ficar sem sentidos e à mercê de uma camada de estranhos. Algum deles se calhar ainda me despia só pra ver a minha pila... sei lá... o mundo anda louco hoje em dia.

Quando chamaram o meu nome senti o coração esconder-se atrás dos pulmões e ficou caladinho quem nem um rato. Esse meu coração é um cobardolas de primeira, louvado seja!

Sentei-me e ignorei de imediato a moça que me iria fazer a colheita. Olhei para os lados e comecei com tiques nervosos que eu desconhecia. O pézinho a dar-lhe, às pancadinhas no chão, os olhos a tremer à procura de alguma coisa que os distraísse e uma cascata de suor frio a descer-me pela testa.

_Não gosta nada dessas coisas, pois não? - perguntou ela.
_Não. Nada. - respondi sem lhe meter a vista em cima sequer (como será que ela se apercebeu que eu não vou muito à bola com essas cenas? Há coisas misteriosas, não há?)
_Prefere fazer deitado?
_Sim, por favor. (que alívio, assim se desmaiar não levo tombo nenhum).

Deitei-me. Fechei os olhos. Respirei fundo. Senti a picada. E senti, logo de seguida, o ligeiro formigueiro na ponta dos dedos. Respirei fundo de novo. Ouvi-a dizer para eu fazer pressão aqui. O aqui era o algodãozito que me tinha colocado a tapar o furo por onde me retirou o sangue. Fi-lo. Ela voltou com um penso rápido. Colocou-o. Disse que me deveria levantar devagar e esperar alguns segundos sentado antes de me meter de pé.

E assim foi. Fui à minha vida.

Portei-me como um homenzinho de metro e oitenta. Não chorei nem nada... quanto mais desmaiar.

De hoje a oito saberei os resultados. 

análises | o filme

O alarme toca às 08:00. 

_O quê? Já??? Parece que ainda agora fechei os olhos para adormecer e...

De súbito, o coração dispara-me com força. Imediatamente me apercebo que o alarme está a tocar para que eu me levante e me prepare para ir ser mutilado no laboratório de análises clínicas. Irão chacinar a minha carne e roubar-me o meu líquido precioso. Tudo com a ajuda de uma... de uma... (engulo em seco)... de uma AGULHA!!! Nãaaaaaaaao! Eu não quero. Eu prometo que me porto bem. Eu prometo que nunca mais digo palavrões como caralho, foda, pintxa e conas. Mas não me obriguem a ir fazer análises.

Viro-me para o outro lado na esperança que tudo não passe de mais um sintoma da minha loucura cavalgante. E...

zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Dormi mais um bocadinho. Sei que sonhei mas já não me recordo com quê. Estava relaxadinho, sabendo que ainda era dia de não ir para o trabalho e tão bem que ficaria na caminha. Porém, como todas as alegrias de pobre, a minha também durou pouco. Quinze minutos depois estava o alarme a tocar novamente e, como um navio que afundou e agora bate no fundo do mar com um baque estrondoso, porém contido, voltei a ter consciência do que me esperava. 

_Snif - quase chorei eu. Levantei-me preguiçoso e cheio de medo. 

Eu odeio manhãs, isso não é segredo para ninguém. Imaginem-me a passar por uma manhã em que tenho de sair da cama cedinho para ir fazer análises ao sangue. Mãezinha... Nãããããããããããão!!! 

Tratei da minha higiene pessoal, fiz o primeiro xixi da manhã para dentro de um tubinho estreito. 

Quer-se-dizer... Logo pela manhã, pedrado ainda de sono, e a tremer de nervos, estavam mesmo à espera que eu mijasse direitinho para dentro daquele tubinho? O pessoal nos laboratórios clínicos, reparei eu, dão tubinhos diferentes aos homens dos que dão às mulheres. Compreendo a necessidade da mulher ter um frasquino mais larguinho. Sim, faz todo o sentido. Mas porra... O pessoal dos laboratórios nunca ouviu falar numa coisinha levianamente chamada de Tusa do Mijo (tuzis mijus)??? Como é que um gajo logo pela manhã consegue atinar em fazer a sua mijinha para dentro de um tubinho de ensaio que é quase tão estreito quanto a sua uretra e way thiner que a sua pila?

Vesti-me, sempre chorando por dentro. Havia um dilúvio dentro de mim. Era matá-los a todos, esses sanguinários!!!

Meti-me no carro e fui para o laboratório. Chego e tiro a senha número 37, com indicação que tenho seis pessoas à minha frente para serem atendidas primeiro. 

_Foda-se!!! (sim, eu posso dizer palavrões. só não os diria se me tivessem poupado às análises) Seis pessoas? Isso é tempo mais que suficiente para me dar o badagaio só de imaginar antecipadamente os horrores que terão lugar lá dentro.

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Devagarinho ela chegou: a dor de cabeça típica de quem está doidinho para se desenfiar e escapar ao seu carrasco. Ficou ali, a zombar de mim. Depois trouxe uma amiga que eu já conheço de ginjeira: a visão afunilada. Porra... as duas juntas são do mais doidinho que eu conheço. Por incrível que pareça, a minha audição não ficou alterada. Ou pelo menos não no sentido de ter começado a ouvir tudo ao longe. Pelo contrário, parece que ouvia tudo mesmo ali a uns centímetros dos meus ouvidos. 

Primeiro ouvi os passos dos carcarás sanguinolentos, de um lado para o outro. Depois o som das portas a abrir, a fechar... Os instrumentos de metal a bater nas superfícies metálicas das mesas. Por fim, foi o golpe da misericórdia: as motosserras...  os gritos... os suplícios das vítimas... as gargalhadas triunfantes dos sanguinários.

Foi horrível. Quando chamaram o meu nome desatei num pranto que fazia lembrar os exageros fúnebros dos tempos em que se contratavam as mulheres de pranto (para dar "aquele" ambiente). Aos berros só sabia dizer que não. Que não queria. Que não tinha sido eu. Que já estava tudo assim quando eu cheguei.

A sanguinária aproxima-se e eu afasto-me. Vou recuando. E ela avançando para mim. Os seus olhos negros, fundos, grandes.  O seu rosto sem expressão e cheio de rugas (És feia com'um bode!!! - pensei eu). A sua bata tingida de sangue humano, um cutelo na mão direita e uma corrente na mão esquerda. Quando dou por mim, estou encurralado a um canto, não há por onde fugir. Uma multidão de pessoas loucas vestidas apenas com uma folha de bananeira ria desvairadamente ao meu redor como aconteceu no filme do Antero de Quental no corredor dos claustros do Convento da Esperança (no filme eles não estavam vestidos com folha de bananeira, por respeito ao banana do realizador).

A próxima coisa que me recordo é de estar de volta no meu carro, com um penso rápido no braço e um estranho objecto de metal onde se lia, cravado: "Recordação do Inferno".

p|ca

Amanhã vou fazer análises. Já tenho um bando de pulguinhas a fazer uma festa no estômago. Que nervos. Vai doer tanto.

Quando me enrolarem a borrachinha à volta do braço já eu estarei secretamente chamando pela minha mãe e só não chorarei baba e ranho porque afinal de contas existe uma dignidade que desejo manter nos meus trinta e três anitos.

Não vou olhar. Não quero ver a agulha. Também não a quero sentir, mas creio que quanto a isso não haverá nada a fazer. E quando se começa a sentir o sangue ser puxado para fora da veia e para dentro da seringa? Mas que forma animalesca é essa, Senhor, de se conseguir uma amostrinha da nossa seiva? Hein? Mas estamos no tempo das cavernas? Estamos na Idade Média? Mas somos apenas um bocado de carne que não sente?

Amanhã vou fazer análises ao sangue. Que nervos.

20090503

chef|R

Parabéns ao Chef R pelas deliciosas ameijoas e seu excelente molho.
De comer, lamber as casquinhas, a ponta dos dedos, e chorar por mais. Levou não sei que ingredientes, mas quero lá saber. Gimme more more more mooooore!!!


Seguiu-se uma bela refeição de frango grelhado acompanhado de bróculos, couve-flor e couves de bruxelas (e molho das ameijoas).


Vinho à fartura. Conversa à mistura. Disparates como de costume. A noite acabou depois de termos dado na pele a uma garrafa e um terço de vinho... por cabeça. S não bebeu. Ordens do médico.

focus p|izz

M regressa ao pátio e, sentando-se, resmunga:

_Que cena. Fui lá cima desligar o hi5 e acabei por deixá-lo ligado na mesma.

A partir daquele momento, o meu ritmo cardíaco acelerou e nada da conversa que se seguiu foi devidamente ouvida por mim. Só pensava num plano para me desenfiar do pátio e ir ao hi5 de M deixar um comentário. Comecei a dar gargalhadas malvadas em silêncio. Rapidamente me apercebi como tudo iria funcionar.

_Vou buscar mais vinho - disse eu, levantando-me e já sentindo o gosto da vitória na ponta da língua.

Fui à cozinha, peguei na garrafa de vinho que estava por abrir e trouxe-a para o pátio junto com o saca-rolhas. Dei-a a R e, fingindo estar aflito para ir à casa de banho, pedi-lhe que a abrisse enquanto ia ao wc e já voltaria.

Chegado à porta do wc abri-a, acendi a luz e, esticando-me ao máximo levantei o tampo da sanita barulhentamente para que eles, lá fora, ficassem com a sensação de eu ter realmente entrado. Fechei a porta da casa de banho e agachei-me de imediato. Fui rastejando pelo chão até às escadas que dão para o salão. Se tivesse ido de pé eles veriam a minha silhueta através dos vidros que dão para o pátio. Rastejei.

_Isso é de mestre!!! - pensei eu quando me levantei para subir as escadas. O coração batendo desenfreadamente. Pum-pum-pum-pum-pum. Foda-se... que nervos.

Nem acendi a luz do salão. Fui directo ao computador às escuras, liguei o monitor e com as mãos a tremer abri o hi5. Sessão aberta no login de M (perfeito!).

Muha ha ha ha. Mil vezes ha ha.

20090501

|||||||||||||||||||bug|s

Sim, é verdade. Os meus browsers estão todos fodidos.

Não quero nem ouvir falar do IE. Para além de lento é também extremamente lento, já para não falar da lentidão com a qual me abre as janelas e tal. Esse, meu amigo, é mesmo para esquecer.

O filho da mãe do Firefox funciona bem nos primeiros dias mas "ódepois" acha de deixar de abrir saites como o Gmail ou o Blogger devido a problemas na aceitação de cookies. Já fui a vários fóruns e já tentei umas quantas técnicas mas o cabrão não há maneira. Só com alguns saites... só com alguns. Para além de esquisito é também selectivo. Dasse!!

O Safari (até agora o melhorzinho e mais elegante em termos visuais) também começou a embirrar com o Gmail e com o Blogger. A mesma cena de aceitação de cookies. E porra, eu juro que os tenho activados. Está tudo direitinho carai. Porque é que eu não posso ter um browser que funcione todo correctinho? Warum?

(Aceitam-se conselhos, sugestões, ideias e palmadinhas nas costas.)