Há um trampolim debaixo de mim, onde tocam os meus pés ao chegar, e de onde eles saem ao partir. Entrementes, há aquela sensação que faz parecer que o estomago nos sobe à garganta e imginamos que nos vai desmanchar o corpo, que a hora chegou, que está tudo à solta cá dentro.
À solta percorro por aí o campos, as cidades e os sítios onde me possa encontrar na minha ausência deste lugar. Ora vejo as coisas e as pessoas lá em baixo, ora as vejo lá em cima. O primeiro salto ainda fresco na memória.
Vai mais um?
Sim. Mesmo que se não queira, vai sempre mais um, até que seja o trampolim a decidir por nós.
Creio, no entanto, que sairei já aqui. A ver se salto para fora. Nada como ver as coisas ao nível dos meus olhos e deixar de sentir as molas alheias presas aos meus pés.
(pronto... vá! só mais um para a despedida).
2 comments:
o que se passa?
Toca a desligar o piloto automático. Há alturas em que dá muito jeito, mas isto de andar meio dormente é como saborear a vida pela metade.
Abraço
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