OOP EXPERIENCES

20090417

|itt|e

Assombrosamente bonita, a música que vos deixo no vídeo abaixo encanta-me desde o dia em que pela primeira vez a ouvi e agora ainda mais, porque agora conheço o vídeo associado a ela. Chega-me a causar arrepios, os pelos eriçados ao ouvir o lamento vocal e poder associá-lo à beleza infinita que pode ser encontrada em todas as expressões da nossa humanidade, mesmo quando ela se exprime no limiar da pobreza, da decadênica e da demência, quase.

Somos, cada vez mais acredito nisso, uma espécie animal espantosa - apesar de nem sempre de forma positiva esse espanto se denunciar. A cadência da música assemelha-se ao passo tomado em tantas das nossas atitudes perante o mundo em que vivemos e perante os demais que nos rodeiam. Há uma palavra em inglês que sempre me fascinou pela sua fonética e também pelo seu sigfnificado: Mayhem. Basicamente, designa uma desordem generalizada, um caos instalado.
Às vezes, tenho a sensação de ser esse o estado real da nossa actual presença no mundo, apesar de ainda nos não termos apercebido da real dimensão da desordem ou tãopouco dos reais indícios que nos apregoam que estamos a caminhar, de facto, para a insustentabilidade. E também para o vácuo sentimental sem remédio.

Sabemos tão pouco. E vamos caminhando assim, néscios, com a vida num dos bolsos; a morte no outro.

1 comment:

tomaz said...

darling, este video fazparte de um filme MONUMENTAL chamado BARAKA. Já o vi 2 vezes, e a última tinha o H. na minha bariga. chorámos os dois, sentada na cadeira de veludo vermelho do cine 222.
vê, procura, vasculha, mas encontra este filme e vê.
nada há mais básico que a vida, nada há mais belo que viver.