O novo ano deu as boas vindas com um bonito espectáculo de pirotecnia aérea vista no Terreiro do Paço quase em cima do acontecimento, não rebentassem as roqueiras a um nível estratosférico mais elevado.
Mas foi nada senão engano, pois a verdadeira catástrofe estava por acontecer. Com a falsa confiança deliberadamente transmitida pelo acordar das cores em ambas margens, o novo ano espreita sorrateiro e perde-me um lápis a caminho de casa.
O meu primeiro lápis Palomino [Prospector Green], com quem eu aprendi a aprender a desenhar e a fazer sombras nos objectos foi-se e sabe lá quem onde estará agora, em que mãos se manuseia.
Com o lápis, perdeu-se a borracha amovível azul, da Faber-Castell, adquirida no dia anterior; faziam um par que era um mimo. Não tive oportunidade de os fotografar mas um artista é sempre um artista - e eis que passado o luto, consegui fazer um desenho para lembrança futura.
In Loving Memory of
Palomino Prospector Green [com borrachinha azul]