OOP EXPERIENCES

20100706

|ethal weapon


Foi esta a arma que nos salvou na noite extremamente quente que caiu em Lisboa.

Durante o dia, estavam 38 graus. À noite não tantos, mas os suficientes para sufocar: passava uma hora da meia-noite e a temperatura era de 30 graus.

Janelas abertas em vários cantos da casa a ver se o fenómeno do "vento encanado" nos aliviava o tormento mas tudo o que corria pela casa era: nada. Lá fora, o cenário era idêntico. Uma paradez que só visto.

E porque o corpo tem vezes que pede por prazer primeiro... lá nos íamos borrifando com salpicos de água fresca antes que marinássemos au point. Começou na sala e soube bem, como só os refrescos sabem à beira-mar - uma delícia. Cada gota de água fresca a cair no corpo era como uma promessa de nova vida, de novo fôlego.

Foi connosco para o quarto e, enquanto víamos televisão como lagartos estendidos ao sol, íamos deixando cair a nossa chuvinha particular por cima dos corpos sedentos de ar fresco.

A meio da noite, acordei em sufoco, aflito por ar. Dou por mim a sentar na cama, a querer respirar sem conseguir... Primeira coisa que me vem à mente é o borrifador. Onde ficou ele?

Peguei no telemóvel e acendi a sua luz fraca (para não acordar Lovinho) e localizei o salva-vidas. Peguei nele, borrifei-o para o rosto e saí do quarto. A noite quente e implacável aos meus ombros, e fui fechar todas as portadas da sala para impedir a luz da rua de entrar no quarto... deixaria a porta aberta para o quarto.

Quando voltei para retomar o meu lugar de belo adormecido na cama, o ar extraordinariamente quente do quarto quase me queimou o rosto e decidi imediatamente que não conseguiria voltar a dormir ali.

Fiquei na sala. Corpo sem energia, o calor inédito à minha pele a uma hora daquelas... pernas estendidas por sobre os ombros do sofá... dormitei sonhando com um duche de água gelada.

Por fim, pelo desconforto típico de se dormir num sofá sem poder estender por completo as pernas, voltei para o quarto e fui adormecer de porta aberta - algo raro. As portas, a meu ver, servem-se fechadas.

A única razão pela qual não me meti debaixo do chuveiro com água fria a correr prende-se com o facto de tal feito retirar, quase inevitavelmente, o sono - e eu precisava descansar para poder levantar cedinho de manhã.

1 comment:

CS said...

Cá não é nada disso! Cá não é nada disso! Já te perguntei: Vens pra cá? Vens pra cá?