- AMOR!?
- Sim... (respondi eu, ainda a acordar - estamos a meio da noite e há um calor acumulado no quarto que parece que já morri e fui para o meu lugar reservado no inferno).
- Mexeste na ventoinha?
- Sim.
- É que isto está a passar demasiado frio...
- (pensando) Ai o caralho! E eu sei lá o que fiz com a ventoinha antes de adormecer? Dei-lhe mais bomba? Fixei-a para que canalizasse a deslocação de ar para um ponto fixo (em nossa direcção) em vez de a manter a rodopiar em todas as direcções? Como é que eu descalço esta bota?
Levantei-me e desliguei a ventoinha. Nada como cortar o mal pela raíz. Despertar do sono é que não. Caso contrário, nem eu me sofro a mim próprio.
O outro, assim que cheguei a casa hoje, depois do trabalho, tinha pronta na ponta da língua a seguinte pergunta:
- Amor? O que se passou ontem com a ventoinha?
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