OOP EXPERIENCES

20090105

pontos e vírgu|as

Vim a casa da M. Jantamos, bebemos o rouge do costume (o costume é beber rouge, independentemente do preço e/ou marca... eu adoro e/ous). Um serão modesto mas muito agradável... aliás, como de costume. Como já repararam, somos muitos de costumes.

A M, como de costume, ataca-me em todas as frentes que consegue. Vil sem remédio, há que não lhe dar ouvidos e às vezes nem sequer lhe reconhecer a presença.
O R, como de costume, a rir à minha pala e dos meus acessos de veneno sejam eles actuais ou memórias passadas. Eu tenho um historial de acessos de louvar, modéstia à parte.
A C, como de costume, bela e linda e maravilhosamente elegante e quase cosmopolita, com a sua atitude de "tou nem aí", presenteou-me em nome do Natal passado, com um par de boxers da Intimissimi. Lindos. Um dia visto-os, tiro foto e coloco aqui no blógo para agradecer devidamente.
O ML, como de costume, ora porta-se bem e passa despercebido, ora porta-se quem nem um fedelho e toda a gente lhe olha de avesso. No fundo, sem ele, não haveria família.

Quando visto o casaco para vir embora, M olha para mim e pergunta:
_Já te vais?
_Sim.
_Ok, entao. - O olhar assustadoramente ameaçador e inibidor da minha real acção de ir para a porta, abri-la e sair. C já vai também, mas como vai trabalhar amanhã fica desculpada. Eu, que estou de férias, nem que me fodesse se haveria de ter algum tipo de regalia nesse assunto.
_Tá bem... fico então. Poofs? Sound? Make love?
_Mmmm ... babe.

E fica decidido.

Dois pontinhos a merecer algum relevo, senão destaque.
1º > Já não é a primeira, nem segunda, nem terceira vez (se fosse a contar todas elas, era para a noite toda) que me atiram a essa minha carinha laroca que a minha inveja fez com que se partisse - misteriosamente - o copo vermelho de M. Dizer, em minha defesa, que eu não sou pessoa de invejas não iria convencer ninguém. Mas posso sempre alegar que eu não estava lá, que já estava assim quando eu cheguei. Mesmo porque, tendo em conta o historial clínico de M como bipolar, as suas alegações são, no mínimo, duvidosas. De uma vez por todas: NÃO! EU NÃO PARTI O TEU COPO VERMELHO QUE, DEIXA QUE TE DIGA, ERA, DE RESTO, HEDIONDO.

2º > Após barriga cheia, com a sopinha azeda que comemos, à la velhos (isso de se estar nos trinta até tem, por vezes, a sua graça), acabou por se ter como assunto de conversa à laia de sobremesa, todas as coisas nojentas que os humanos comem. Eventualmente, chega-se à dobrada. Será a parte interior do intestino grosso? Ou a parte interior do estômago? O que, de facto, se vem a descobrir (engraçado como as coisas são) é que, a mãe de M lava a dobrada na máquina de lavar antes de a preparar para comer. Diz M, como se poisasse na mesa a mais naive explicação do porquê da máquina de lavar, olhos serenos, voz quase a insinuar uma informação óbvia, que:
_Aquilo é muito sujo. Tem que ser lavado muito bem.

...

A meu ver, qualquer coisa que seja sujo o suficiente para ter que ser lavado na máquina de lavar antes de ser comido, é - talvez - algo que não devesse servir de refeição a ninguém.


O que eu sei é que os nossos serões twilight sabem pela vida e não vão sequer à máquina de lavar.

3 comments:

Anonymous said...

Madrid...

Anonymous said...

Porra, tenho de fazer uma pausa para ir urinar! Este post é enorme!!!

Já cá volto...

Anonymous said...

Esse Madrid era para mim?? ;)
Essa da máquina de lavar derrubou-nos!!! Nunca tinha ouvido tal coisa em toda a minha vida... muito estranho pensando que a autora de tal ideia (possivelmente com patente registada) é minha tia e madrinha de baptismo...
Piri, fico feliz que tenhas gostado das boxers ;) O meu amor ajudou-me a escolher :)