OOP EXPERIENCES

20110302

s|ap

Bastava um olhar dos meus pais para que eu me apercebesse que estava mais perto da palma da sua mão, ou então quase a perder alguma das minhas pequenas regalias. Um olhar apenas, era o bastante para proferir a sentença. E o olhar, implacável, era muitas vezes o único castigo necessário. Na minha infância era assim.

Hoje em dia parece ser o contrário. Quem levanta a voz são os putos, detentores da última palavra, e quem cede são os pais, perfeitos palhaços no seu circo doméstico.

Não consigo deixar de me sentir preocupado com o futuro quando - e de acordo com o apregoado - ele será feito por um bandinho de selvagens em formação, a quem é permitido tudo a troco de nada.

E é vê-las por aí, dentições perfeitas, sem desvios... perdeu-se o encanto de uma boa bofetada, daquelas que fazem os dentes dizerem uns aos outros: "Então a gente vê-se mais logo!?..."

6 comments:

tomaz said...

AHAHAHAHAHAHAHAH


com aquela dos dentes, arrumaste-me! ahahahahahaha

muito bom!


podes crer, não há mãozinhas decentes para largar uma boa bofetada.

por isso é que, com o meu filho, sigo a estratégia do "olho mortífero". e não pia!

Ela said...

não é pera doce!

CS said...

E quando era o bliscão debaixo da asa seguido do baixinho: "Em casa a gente conversa." Não havia escândalos em público.

Memória said...

Compreendo....

Sr. Mutante said...

Eu vejo pela minha sobrinha!
No domingo viu-me e nem me veio dar beijo (isto antes do almoço).
Ao lanche, saco de um balde de gelado e aí já veio a correr para ver o que eu tava a comer. "Sai pra lá, agora quem não te quer aqui sou eu."

E só tem 6!

Sr. Mutante said...

Agora só um aparte, serei eu pior que a minha sobrinha? Afinal de contas, ela é apenas uma criança de 6 anos!!!

Huuu huuu, homens da luta??? Onde estão vocês quando são precisos?