A parte do sonho de que me recordo começa com a constatação do facto da minha avó materna, afinal, ainda estar viva. Já há muitos anos que assim era mas só agora, em conversas reveladoras com alguns membros da família, se tinha descoberto o “terrível” segredo.
Numa viagem de autocarro até a casa onde estaria a viver a minha avó, a ansiedade de a voltar a ver confunde-se com a tristeza de me aperceber que tantos anos ficaram perdidos sem a sua companhia por julgá-la falecida.
Quando chegamos a uma mini-freguesia constituída apenas por uma rua entre prados onde algumas casas marcavam o seu lugar, saímos de imediato do autocarro e eu começo a apressar o passo até encontrar a casa da minha avó.
Vejo-a ao longe, no seu quintal, a tratar de roupa para estender e recolher do estendal. Era uma mulher gorda, muito gorda. Daquelas cujo corpo se divide em dobras que se amontoam umas em cima das outras, um pouco como o bonequinho da Michelin. Mesmo no sonho, onde as coisas são muitas vezes estranhamente reais, não a reconhecia apesar de sentir uma certeza absoluta de que se tratava realmente da minha avó.
Com aparência jovem, ela falou-me de trivialidades enquanto me ia guiando pelo seu quintal até depararmo-nos com o seu galinheiro onde todas as aves eram verdes; galinhas, papagaios, patos e pombas… todas verdes.
Nessa altura senti um sentimento que fundia conhecimentos da vida real com os conhecimentos da vida que me era apresentada em sonho. Apesar da aparência jovem da minha avó eu sabia que ela, na verdade, morrera há muitos anos e naquela altura já era velhinha. Por isso no sonho eu sentia uma tristeza enorme por saber que agora que estava com ela de novo teria poucos anos para aproveitar a sua companhia. Não tardaria nada ela morreria (novamente).
Numa viagem de autocarro até a casa onde estaria a viver a minha avó, a ansiedade de a voltar a ver confunde-se com a tristeza de me aperceber que tantos anos ficaram perdidos sem a sua companhia por julgá-la falecida.
Quando chegamos a uma mini-freguesia constituída apenas por uma rua entre prados onde algumas casas marcavam o seu lugar, saímos de imediato do autocarro e eu começo a apressar o passo até encontrar a casa da minha avó.
Vejo-a ao longe, no seu quintal, a tratar de roupa para estender e recolher do estendal. Era uma mulher gorda, muito gorda. Daquelas cujo corpo se divide em dobras que se amontoam umas em cima das outras, um pouco como o bonequinho da Michelin. Mesmo no sonho, onde as coisas são muitas vezes estranhamente reais, não a reconhecia apesar de sentir uma certeza absoluta de que se tratava realmente da minha avó.
Com aparência jovem, ela falou-me de trivialidades enquanto me ia guiando pelo seu quintal até depararmo-nos com o seu galinheiro onde todas as aves eram verdes; galinhas, papagaios, patos e pombas… todas verdes.
Nessa altura senti um sentimento que fundia conhecimentos da vida real com os conhecimentos da vida que me era apresentada em sonho. Apesar da aparência jovem da minha avó eu sabia que ela, na verdade, morrera há muitos anos e naquela altura já era velhinha. Por isso no sonho eu sentia uma tristeza enorme por saber que agora que estava com ela de novo teria poucos anos para aproveitar a sua companhia. Não tardaria nada ela morreria (novamente).
Ao vir com ela ao encontro dos restantes membros da família passamos pelo curral dos porcos e entre alguns que estavam deitados na lama, reparei que havia um esquilo do tamanho de um coelho, cinzento e com duas listas pretas ao longo do dorso, também deitado no curral. Fiquei intrigado com aquele esquilo e recordo-me de sentir necessidade de comentar o facto com alguém mas entretanto ou acordei ou então o sonho pura e simplesmente acabou…
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