OOP EXPERIENCES

20090828

a|ergias

Para aqueles que ainda não sabem: sim! Eu apanhei uma alergia ao terceiro dia de estar com PMC. Pontinhos vermelhos pelo corpo todo, uma comichão de deixar agonias e um medo que fosse sarna que era uma coisa muito séria.

Fui ao hospital. A senhora doutora pede-me para despir a camisola. E eu, menino bem-comportado, assim o faço. Reparei pelo cantinho do olho que, assim que ela me viu as manchas, deu um passo quase apressado para trás.

_Ai o caralho! (pensei eu) Tou fodido.

Pergunta-me se tenho as manchas desde há muito tempo e tal e coiso e isso e bla bla bla. Respondo às perguntinhas e sou encaminhado logo de seguida para a sala de espera.

Dali a pouco chamam o meu nome e trata-se do enfermeiro que me leva para a sala de enfermagem e me diz que vai administrar duas injecções: uma de antihistaminico e outra de cortizona.

_O quê? Mas a que propósito?
_Não em faça estas perguntas. Eu só estou aqui para administrar o que a médica receita.
_Então faça favor de guardar as injecções e leve-me até à médica novamente. Não é normal que ela não me tenha sequer dito o que possa eu ter e me traga, sem informação nenhuma, para ser injectado assim sem mais nem menos.

E lá me leva ele de novo até à médica.

_Ó doutora, assusta-me um bocado que você não me tenha informado das suas suspeitas em relação ao que eu tenho na pele e que me envie, assim sem mais nem menos, para a sala de enfermagem ser injectado com cortizona. Quer dizer... não lhe teria ficado bem perguntar-me - no mínimo - se eu sou alérgico a cortizona?
_É?
_Não sei.
_Então vamos descobrir.
_E para isso não bastaria uma dose reduzida em primeira instância?
_Se não quiser fazer a medicação não faça. Pode ir embora. Mas se ficar para a fazer, terá que ser assim e fica cá sob vigilância durante um mínimo de quatro horas a ver se reage adversamente.
_Então, sendo assim, posso entretanto ir lá fora visar quem me acompanha de que terei de ficar algum tempo aqui sob vigilância?
_Sim.
_E quando voltar, venho ter consigo?
_Ter comigo, não! Tenho mais que fazer. Há muitos pacientes para tratar.
_Compreendo. Eu, porém, sou um deles, e prefiro ser bem tratado.
_Não. Não venha ter comigo. Pode ir ter com o enfermeiro que ele está a par do que lhe deve administrar.

Por essa altura já eu estava com comichão era na palma da mão, inquietinho para lhe partir aquela trombinha toda. Toda!

Depois de muito ter pensado, decidi fazer a medicação e lá levei as duas injecções. Uma de hidro-cortizona, intra-venosa (weee-ú!) e outra do tal antihistaminico no rabo... que dores!!! Créde! Fiquei a manquejar ainda por alguns minutos.

E foi a espera. O silêncio dos corredores no hospital. O saber que os meus amigos estavam todos juntos no Largo 2 e eu estava nos corredores da morte. De pouco a pouco olhava para o relógio. Passara apenas meio minuto desde a vez anterior.

Olhava, com desconfiança, para os braços a ver se a cortizona começava a manifestar-se em erupções freak, em inchaços assustadores... graças àquele cujo nome se escreve com letra grande: nada!!!

Eventialmente, uma hora e meia depois, a médica lá me deixou ir embora, após me receitar um gel de banho, e dois comprimidos. Não poderia beber nem conduzir durante os próximos sete dias (yeah... right!!!).

O gel de banho cheira mal que até doi. Um dos comprimidos dá uma moca de sono (com ligeiras alucinações), excelente para substituir a erva do Pico, e o outro não faz nada... Acho que é só mesmo empata fodas.

Decidi, por sugestão da médica, não tomar o da moca de sono que me inibiria de conduzir. Tomava-o apenas à noite, após ter cabrejado pela ilha ao volante do meu popó. Quanto ao álcool... muha ha ha ha... Deixem-me!

Já está tudo melhor. Os pontinhos vermelhos secaram e a pele volta ao seu estado normal.

Over and Out.

20090816

|roto|

Se bem que ainda não descomprimido por completo, eis-me de férias. É como se ainda não me tivesse capacitado por completo de que nos próximos dias eu estarei a descansar, a levar o tempo nas mãos, à medida delas, a passear pela ilha e, acima de tudo, pertinho do gado ruminante e longe do gado bípede.

Casou, ontem, meu irmão mais novo. O padre era o maior cromo que eu já vi na minha vida e apenas o cansaço (que ando a acumular como quem colecciona caricas) não me permitiu desatar a rir ou, pelo menos, estar sempre de sorrisinho tremido nos lábios à espera da primeira oportunidade para soltar a gargalhada. A boda correu bem e a comida era toda de lamber os beiços.

Hoje estou roto. Está um dia bonito merecedor de praia mas o meu corpo grita por descanso, por repouso, pelo ócio que lhe sabe tão bem. Ficarei por casa até ao final do dia. Aliás... minto. Sou pequeno para sair daqui a pouco para ir almoçar Chez Mamã, trazer bolo de casamento comigo e passar, então, o resto da tarde a ver filmes e, de resto, a fazer nenhum. Depois, então, sim! Descansarei.

Ide em paz!

20090813

sim|pois

E não é que eu alterei o endereço do meu blog, e usei o próprio blog para informar a malta? Em vez de ir ao hi5 anunciar as mudanças, não!!! Fi-lo exactamente no sítio ao qual a maltinha não teria acesso... Eu às vezes espanto-me a mim próprio.

Devo estar a precisar urgentemente de férias... e, surprise surprise, entrarei de férias amanhã pelas 18:00

Houve uma certa pessoa cujo primeiro nome não me atrevo a denunciar que me disse que o blog estava preto com azul escuro e que o pessoal ia reclamar... pfuuuu (mas vá, já está azul mais clarinho).

Agora, vão às vossas vidas, não há mais nada aqui pra ver.

20090811

up|date

Actualizem-se, por favor.
Antes conhecido por ROCKS IN RIOTS passa a ser PIR||NG. Não mudou apenas o título do blog mas também o seu endereço: http://piriing.blogspot.com
É mais do mesmo mas com outro nome. É um culto que se presta à actividade do piri-ing.
Enjoy!
And keep visiting.

20090805

a respeito do ssê|ssê

Já faz algum tempo que me enviaram um link para uma notícia sobre o novo documento de identificação dos portugueses. Naquela altura, li o artigo e li, também, os comentários lá deixados.

Achei que deveria deixar um. Se tiverem curiosidade, visitem o artigo e leiam na oblíqua os seus comentários.

O que se segue, é o meu comentário, reeditado para melhor servir o ambiente do meu blog e a minha própria posição sobre o assunto.

Ai kórror!!! Que medo! Um CHIP???? Nossa Senhora nos valha que vão meter um CHIP no meu cartão de identificação. Mas que é isso? Será a fim do mundo?????

O povo português é, de facto, em grande escala (mas não, seja em louvor, na sua totalidade), muito tacanho.

Um porque tem medo do chip pois não sabe o que lhe vão meter lá dentro (elucidem-me… o que é que poderá estar num chip electrónico que seja tão assustador? O monstro das bolachas?)

Outro porque se perde o cartão perde toda a documentação (explica-se: quando perdemos a carteira, também não perdemos todos os bilhetes e cartões que lá estão? Porque não preocuparmo-nos em não perder a cabeça?)

É outro que nos vem falar, a respeito do CC, que não sei quem vai pagar não sei quanto de IRS e que estamos à beira de uma guerra civil (... wtf?)

E, de resto, é o tal receio do controlo… Até parece que é de agora que nós, portuguesinhos, nos parecemos com marionetes, a andar porque nos puxam ou porque, simplesmente, nos empurram. E que tal uma rebelião contra a estupidez natural pois ela sim, nos controla e inibe?

Não existe controlo, nem coisas estranhas no chip. O que existe, regra geral, é uma falta de (apetência para) inteligência e bom senso.

new|z|

Fui à oftalmologista. Para quem já esqueceu, ou nunca chegou a saber, eu fui vítima de uma conjuntivite quase mortal aqui há uns tempos e a porrinha do meu ôio voltou a dar de si, quando eu julgava já tudo pertencer ao passado e que estava tudo como as quecas (passadas não movem moínhos). Comecei a sentir um ardor muito desconfortável, dificuldade em abrir o olho devido à luz, lacrimejava tanto que mais parecia a plateia da Oprah Winfrey (all rights reserved).

E eis que fui. A pré consulta tratou-se basicamente de me ordenarem a meter o queixo num suporte e encostar a testa num outro e ficar ali com os olhos arregalados... e zás... a máquina que veio do inferno soprava-me com um sopro de ar que me arrepiava até nos colhões. Não por ser ar frio, mas por ser um sopro todo cheio de pujança e vindo ninguém sabe de onde.

Seguiu-se a cena do costume em que te pedem para dizeres que letras estás a ver e tudo, elas vão diminuindo em tamanho e tal e informam-me que depois terei que esperar até ser chamado para a consulta propriamente dita.

Quando sou chamado, pego no coração e levo-o nas mãos para a sala, sou obrigado a sentar e, depois de uma conversa bué baratinha, a senhora doutora coloca a sua máquina em posição, ordena-me o queixo e a testa encostados cada um ao seu poiso e, assim que acende a luz da máquina diz logo:

_Pois pois pois... você o que aqui tem é um depósito do adenovírus. Ui... lá está. Sem dúvida. Está carregado dele.
_Aaaaaaaiiiiii c'orrôre! Você não me diga uma coisa dessas, melher. Como é que é possível??? (pensei eu, à bixa).
_Ah sim? -indaguei eu, à macho.

E patati patatá, acoli e acolá... eis que o filho da puta de um cabrão do caralhinho do vírus que me trouxe a graça do pinkeye deixou-se ficar depositado na minha córnea e, quando isso acontece, é bem capaz da ordem de despejo fazer-se valer apenas por daqui a um ano. UM ANO. Trezentos e alguns dias.

Setenta euros depois, estava eu já na farmácia para comprar a medicação. E comprei-a. Trinta euros após a compra, estava já eu de volta ao trabalho e a receber um lembrete no telefone de que já se vai fazendo tempo de pagar IUC (imposto único de circulação). Trinta e dois euros e oitenta cêntimos depois de o ter pago, só me apetecia mandar tudo pró caralho mais velho, carregando no LHO e pegando nas minhas coisas, metendo-me dali para fora, indo para algum sítio afogar os meus últimos euros num composto alcoólico qualquer. Ou então em ganza. Idealmente em ambos, mas não daria para tudo.

Ao chegar a casa, e ao sentar-me ao computador para partilhar esses meus momentos, medito serena e tranquilamente sobre as palavras da sabedoria hindu da antiguidade: Foda-se!

20090802

|ost

|ack of t|me

Ultimamente tem sido uma falta de tempo que é um caso muito sério. Não tenho vindo à net, nem para os blogs, nem para o msn nem para os aifaives nem nada disso. Ainda por cima, o facto de andar super atarefado com tanta coisa para fazer, tanto sítio onde estar... fico sempre sem nada de jeito para deixar registado aqui no blog.

Daqui a pouco vou para casa de C&B. Vamos ao nosso campeonato de COSPE. Eu e B, muito provavelmente, haveremos de nos cansar de dar tanta cuequinha aos nossos parceiros que eventualmente nos iremos sentar a um canto e beber uns copinhos enquanto permitimos aos amadores alguns momentos de glória. É sempre assim.

Daqui a alguns dias (cada vez menos), estará cá el otro PMC e eu estarei de férias at long last. O verão continua a ser fraquinho mas isso, ao que creio, não é novidade para ninguém.

Ontem estava a olhar para a tv e apanhei alguns minutos de um documentário que passava sobre uma cena qualquer e eu imediatamente pensei: Foda-se! Forte seca! _E mudei de canal para uma seca ainda maior.

E é assim.