Uns acham que é indecente o transtorno que a greve provoca a quem quer ir trabalhar. Os seguidores desta posição ignoram que uma greve sem transtornos desafia o seu próprio propósito; ignoram - também - que o que falta a muita gente é um bom par de estalos nas hediondas trombas.
Outros acham que toda a gente tinha como obrigação fazer greve, ignorando que há muitas pessoas a quem a perda remuneratória do dia de trabalho se agrava no fim do mês de forma penosa. Ignoram também que a sua liberdade em fazer a greve não deve atroplear a liberdade dos outros para não a fazer.
No fim de contas, cada um sabe com que linhas se alinhava.
A todos os que afirmam categoricamente que quem não faz greve é cobarde e faz parte de um rebanho, questiono: onde estavam durante todo o percurso tomado pelo país que o encaminhou para a situação actual? Estariam vossas excelências de greve?
A todos os que acham que a greve é absurda e que o pessoal tem mesmo é que trabalhar: que tal trabalharem vossas excelências em vez de encherem a blogosfera e a facebookosfera com teorias em respingo pela vossa retaguarda?
2 comments:
dá-le!!!!!!!!!!!!
eu não fiz greve, que eu sou uma pessoa pobre.
Concordo com esta greve, não aderi, porque já não trabalho.
Mas nunca concordei com piquetes de greve, pois são contra a liberdade individual de cada um.
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