v. 1.0
Senta-se, amortecido, quando lhe trazem um cubo de gelo - a vida congelada em prol de um futuro melhor.
Os olhos desmaiados no televisor narram-lhe, sonolentamente, a ainda duvidosa aprovação de algo que ele não entende mas julga ser de extrema importância.
Os cantos das ruas apregoam murmúrios de um fim que já começou. Pulsa-lhe o coração dormente arranhando as batidas na voz presa ao rasgar dos lábios - o passo reduzido em função de um avanço maior e ele não entende para quem.
Pressente que se inicia assim o seu futuro, numa cansada repetição do presente.
2 comments:
voltaste!
...fascinante
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